O ano de 2010 viu o surgimento de uma vigorosa campanha, iniciada pelo Movimento Gaúcho de Defesa Animal, quando houve a morte de Dorotéia, girafa que estava no zoológico de Sapucaia (RS). Após a morte de Dorotéia, a administração da instituição manifestou pretensões de importar outros três indivíduos – o que significa importar outros animais oriundos de criatórios, que por sua vez também são lugares onde os exemplares chegaram por razões comerciais, de entretenimento.
Foi então que surgiu o Lugar de Animal, campanha para impedir que fosse trazido outro animal para substituir Dorotéia. A batalha foi ganha. Mas a luta continua. Hoje o LA é uma reunião permanente de instituições animalistas do estado do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil que busca efetivar a transição dos zoológicos como existem atualmente para Centros de Proteção da Vida Animal. Tais centros não se confundem com as instituições existentes atualmente, pois sua razão de ser jamais será o entretenimento humano e, sim a transformação desses locais em santuários para acolhimento e reestruturação biológica da natureza dos indivíduos, priorizando sempre a integridade dos animais.
Atualmente está em tramitação na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, um Projeto de Lei que busca concretizar a mudança de paradigmas em relaçao aos zoológicos. O referido PL estabelece que fique vedada a criação ou manutenção de locais, de iniciativa privada ou pública, “cujo objetivo seja exclusivamente a visitação pública, lazer ou contemplação dos animais”. Assim, os Centros de Proteção à Vida Animal se tornariam institutos de educação ambiental, além de realizar o trabalho de recuperação para posterior reinserção (sempre que possível) de animais vítimas de traficantes de espécies exóticas ou silvestres.